Apesar das tropas genocidas de Netanyahu terem se retirado na sexta-feira, 6, da cidade e do campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia, após 10 dias de invasão com numerosas tropas, tanques e escavadoras blindadas que fizeram dezenas de mortos e destruíram infraestrutura e demoliram casas , os militares israelenses continuam executando ataques diários contra a população palestina.

Forças da ocupação e extermínio de Netanyahu abriram fogo contra um carro na aldeia de Kharsa, ao sul da cidade cisjordana de Hebron. Como resultado de mais um crime contra a população palestina, dois jovens ficaram feridos. Testemunhas disseram à agência Wafa que depois de atacarem o carro, as tropas invasoras impediram a chegada de ambulâncias e ainda por cima sequestraram os dois jovens feridos.

Segundo a Wafa, a extensão dos ferimentos causados pelo tiroteio não foi revelada.

Em paralelo às razias militares, colonos judeus assaltantes de terras palestinas, seguem realizando pogroms diários, como aconteceu neste domingo, 8, no ataque a cidadãos na cidade de El Bireh.

Os colonos se reuniram em uma rua de sua vila denominada Beit El (Casa de Deus), construída sobre terras roubadas aos palestinos, e atacaram pedestres e veículos com pedras.

Tais práticas vandálicas, assim como as recentes razias ampliam a devastação na região que passam de ocupada a anexada, de forma cada dia mais acelerada, contra todas as resoluções da ONU.

É neste contexto que as cidades de Jenin, Tulkarem e Tubas, todas no norte da Cisjordânia, têm sofrido ataques em grande escala executados por tropas de Israel desde 28 de agosto, quando invadiram a região.

Os atos assassinos são acompanhados de detenções arbitrárias. Forças especiais secretas e franco-atiradores sitiaram casas na rua Nablus, no bairro de Al-Marah e na cidade de Al-Yamoun, nos arredores de Jenin. Durante as últimas horas de sexta-feira (6) e as primeiras horas deste sábado, pelo menos 16 palestinos foram sequestrados nas províncias de Ramallah, Hebron, Nablus, Jericó e Jerusalém. Os atos de vandalismo de residências e intimidação de familiares foram relatados por moradores entrevistados por informativos a exemplo da agência palestina Wafa.

Durante os nove dias anteriores à retirada de Jenin, os ocupantes invadiram as proximidades do Hospital Governamental da cidade e colocaram escavadeiras militares em frente às suas portas para barrar a chegada de ambulâncias com feridos.

Além disso, cercaram o edifício do governo municipal, dispararam munições reais e bombas sonoras contra o prédio enquanto os funcionários estavam no interior e depois prenderam vários deles.

Desde 28 de Agosto, quando começou a agressão contra estas cidades ao norte da Cisjordânia, as tropas israelenses genocidas assassinaram 39 palestinos, dos quais além dos 21 em Jenin, oito em Tulkarem, sete em Tubas e três em Hebron. Com estes, o número de palestinos mortos pela ocupação nessa região desde 7 de outubro último até à data chega a 699. As prisões em massa já chegam a milhares somente neste período.