@kariboka @comunismo esse povo o que mais faz é alimentar as big techs, aí podemos discutir horas, tentando justificar e um montão de blablabla…mas aí fica a verdade infelizmente.
Tu fica criticando um sistema mas faz parte dele e não consegue se desvincular.
Triste.@capirock
Entendo seu ponto, mas discordo um pouco. Lenin, em “Esquerdismo: Doença Infantil do Comunismo”, ao meu ver, exemplifica que devemos usar todas as ferramentas disponíveis, inclusive aquelas criadas pelo próprio capitalismo, para avançar na luta socialista. Ele criticava aqueles que rejeitavam participar de parlamentos ou sindicatos por acharem que eram “corruptos”. Segundo Lenin, enquanto vivemos dentro desse sistema, é importante usar suas próprias instituições contra ele, educando e conscientizando os trabalhadores.A questão não é só se estamos participando ou não do sistema, mas como usamos essas ferramentas para contestá-lo e tentar mudar a realidade. Ficar fora delas às vezes pode nos isolar, em vez de fortalecer a luta.
@kariboka queria ter respondido antes, mas não rolou. Então, eu conheço essa argumentação e concordo com ela. Mas a minha leitura é que mídias sociais não se encaixam no modelo clássico de “ferramentas do capitalismo”. Isso porque elas subvertem a lógica tradicional.
Ao ocupar um parlamento ou um sindicato, estamos, grosso modo, em uma posição mais ou menos de igualdade de atuação com as outras pessoas (sim, existem diferenças entre as pessoas, por isso disse mais ou menos). Entretanto, em uma mídia social privativa, o capitalista detém poder absoluto sobre ela e as regras mudam o tempo todo, através da manipulação do algoritmo. Com isso, suas publicações podem simplesmente ficar soterradas embaixo de lixo. Além disso, ao fazer parte dessas redes, você reforça outros perfis contrários, porque o conflito gera popularidade e aumenta a visibilidade daquilo que se critica. Ou seja, é um jogo em que a gente sempre perde.
Devemos encarar não as mídias sociais, mas a Internet fora delas como o território a ser ocupado. E isso acontecia antes da existência das mídias sociais. Ou seja, elas são uma armadilha para onde as pessoas caminham voluntariamente, acreditando que farão alguma diferença lá dentro. Eu não acredito nisso.
E, de novo, não é ficar fora delas, mas usá-las como referenciadoras das nossas reais ocupações, seja em blogs, wikis ou no fediverso. Mas não utilizá-las como nosso lar digital, nem nossa referência.
@kariboka @comunismo a questão é o “alimento”.
E qual solução você propõe para o problema?
@YaxPasaj @comunismo eu tento há mais de uma década trazer as pessoas para federação/fediverso , a maioria das vezes sem conseguir, então, tá perguntando para a pessoa errada. Acredito que primeiro temos que informar, depois tentar convencer a criar também perfis no fediverso, e talvez a mágica acontece…
Bom, mas todo mundo aqui já está no Fediverso. Eu não vejo um grande problema nas pessoas usarem o YouTube para trazer mais pessoas para cá ou informá-las sobre pontos de vista alternativos. Acho que não são poucas as pessoas que gostariam de acabar com o semi-monopólio do YouTube como plataforma de vídeos, mas nos últimos 20 anos é bem complicado alcançar um público amplo sem utilizá-lo.
@YaxPasaj @comunismo todo mundo? Quem? JM? Tem o @Clayson , mas raramente aparece.
Todo mundo aqui nessa conversa, você está divulgando o Fediverso para o pessoal que já está nele.
@YaxPasaj @comunismo Ah sim, mas não é esta a minha intenção, eu estou falando dos JM da vida, e, só para ser mais claro, a minha é uma constatação, a do meu primeiro comentário, não tenho uma solução mágica. Esses caras todos combatem o capitalismo mas ao mesmo tempo o alimentam todo dia, querendo ou não.
@YaxPasaj , o problema é que vamos usando esse argumento e ninguém vem “pra cá”. Todo mundo continua “lá”. Afinal de contas, as pessoas que elas acompanham também estão lá.
Se pelo menos as publicações fossem feitas aqui e divulgadas lá, já ajudaria. Mas nem isso a gente vê. E nem vou entrar aqui na discussão da adoção de softwares livres…
